1. |
Olha Que Tarde
07:19
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Olha que tarde respondeu
Ainda negro está o céu
Pensava que isto era uma escola de comunistas
Afinal é uma escola de depravados trapezistas
Posso levar-te a casa
Sozinha eu sei que tu te vais perder
Olha o escuro, não há luz
Ainda bem podia-me arrepender
Onde andará ela hoje
Sei que está cada vez mais mulher
Mas ainda à noite vacila o corpo
Faz parecer que ainda não o quer
Amanhã não me vais acordar
Não vais ser tu quem me vai arrastar
Fez a noite bem isolada
Nem doeu o regresso ao meu canto nem nada
Às vezes queria eu ser assim
Ver nisto um pacto erudito
Dizer três palavras apenas
E achar que ficou tudo dito
Nunca mais me vais calar
Só me vais dar para esquecer
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2. |
Mensagem Para Ursos
04:44
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3. |
O Nevoeiro
03:18
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De manhã cedo há o nevoeiro
O nevoeiro
Que nos morde as orelhas
Que nos morde as orelhas
De manhã cedo levanta-se um vento danado
Um vento danado
Que nos leva a roupa para outro lado
Já não temos roupa para usar
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4. |
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A tua mãe não está por cá
Rapariga tem cuidado
O deus dos mortos vem-te buscar
Mas ele de ti não quer mal
Ele só quer o teu amor
E a tua mãe o teu amor quer
Mas quando o inferno entra em ti
De lá já não podes sair
Ó inverno devolve-nos a primavera
A pobre mãe dela já não sabe o que fazer
Zeus queira que ela volte, já não suporto tanta fome
Zeus quis e ela voltou, mesmo que já vá embora
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5. |
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Na pressa do segundo toque
Não há atenção
E o porteiro espreita
As saias que passam
E os músculos traseiros
Das que expelem
o fumo matinal
O seu olhar sujo
Demora-se nos peitos
De todas as meninas
Ó porteiro
Ninguém vai abrir
Ó porteiro
Ninguém vai abrir
A porta
Para ti
Ó porteiro
Ninguém vai abrir
A porta
Para ti
Ó porteiro
Ninguém vai abrir
A porta
Para ti
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6. |
O Velho
04:46
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Na rua calada os velhos que passam
Dizem que a cidade já não tem o mesmo charme
Ai desta minha vida eu não sei o que fazer
Quando um homem cai, perde a vida, perde a cara
Ai, esta juventude não tem salvação
O velho dá aos pombos migalhas do seu pão
Pensa nas migalhas que lhe caíram da mão
Ai toda a minha vida eu joguei pelo seguro
Se voltasse atrás ouviria o coração
Ai, esta juventude não tem salvação
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7. |
Coelho
06:32
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Eu durmo à sombra da noite
Respiro a sua frescura
O silêncio das luzes ao longe
Abafam o ruído do monte
E relva molhada e suja
Por baixo das minhas patas
A natureza celebra no escuro
Não há nenhum homem por perto
Ainda meio adormecido oiço as suas cantigas
Naquele momento não há mágoa nas suas vidas
E relva molhada e suja
Por baixo das minhas patas
Acordado observo o voo dos pássaros
De noite eles voam mais alto que nunca
Se não fosse pelas nuvens que quebram o seu caminho
Eles nunca, nunca cairiam
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8. |
Vida de Pirata
04:21
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Não há quem me salve
De mim mesmo
Ou do fundo do mar
Maldito
Amarrei o meu atacador
A uma pedra e ela rolou
Monte acima monte abaixo
E o mar levou-me o meu barco
E levou-te a minha vida
Sentei-me numa cadeira
Ao contrário e perguntei-lhe
Se ela seria a tal
Ela disse que não
E eu irritado parti a cadeira
E parti para o mar
Maldito
E o mar levou-me o meu barco
E levou-te a minha vida
E o mar levou-me o meu barco
E levou-te a minha vida
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9. |
São Pedro do Sul
04:25
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Dança comigo
Como em S. Pedro do Sul
Dança comigo
Como em S. Pedro do Sul
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10. |
Interlúdio de Milão
00:55
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11. |
Todo Esse Pó
03:11
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Leva tanto tempo a dizer
O que queres dizer
Quanto quiseres levar
O que foi
Que saiu dessa boca
Voltou a sair e a entrar
Diluiu-se no nada
Deixou por trás a trovoada
Deixou a cama molhada
Deixou um tremor de susto
Tomaste a primeira saída
Quase ficaste sozinha e eu quase sem vida
Mas tu nunca ficas sozinha
Parecias sempre sozinha
Parecias sempre sozinha
Toda
Toda, toda essa água
Que insiste em escorrer
Toda, toda essa água
E o nariz que sangrava
E as navalhas à beira
Todo, todo esse pó
Deixaste de estar
Todo, todo esse pó
Passaste a ser
Todo, todo esse pó
Deixaste de estar
Todo, todo esse pó
Passaste a ser
Todo, todo esse pó
Deixaste de estar
Todo, todo esse pó
Passaste a ser
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