1. |
Perdidos
04:26
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Cuidado com a mina
Cuidado com o poço
Há muitos buracos no chão
Muitos cães a um osso
A cabeça que pesa na mão
Mas parece estar oca
Abriu-se ao cair no chão
Inundando-me a boca
Cascata de passos em falso
A escorrer pela roupa
Desfez os caminhos de asfalto
E deixou-me a voz rouca
Deixou tudo tão claro agora
Mas só penso noutra coisa
Disse as frases que foram embora mas
Só penso noutra coisa
Só penso noutra coisa
Nisto sinto que estamos unidos
Boca aberta e olhos perdidos
Ficámos perdidos
Ficámos perdidos
Ficámos perdidos
Ficámos perdidos num olhar
Ficámos escondidos num olhar
Absorvidos num olhar
Ficámos perdidos num olhar sem ver
Perdidos num olhar qualquer
Perdidos num olhar sem ver
Perdidos num olhar sem ver
Perdidos num olhar sem ver
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2. |
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Anda vai prá cama
Ainda fico mais um bocado
Não consigo dormir
Tenho o lençol enterrado
A cabeça não pára
E não sei onde ela anda
Foi dar uma volta
Vai voltar para a semana
Ia embora e era tudo mais fácil
Mas esta noite fico em frente ao portátil
Ia embora e era tudo mais fácil
Mas esta noite…
Não vou falar mais
Não vou falar mais
Tem caído muito do saco
Vou ali, juro que volto
Vou ali só comprar tabaco
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3. |
Mão Luminosa
03:07
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Saio da cama
Pessoas nos bolsos
Janela fechada
Luzes nos olhos
Na cabeça
Frase em espiral
Desfez-se o sonho
O mal-estar é real
Pela linha do comboio
Já fui livre uma vez
A minha mão luminosa
Prende-me à rede de vez
Ela prende-me às pedras
À espera da guerra
Ela prende-me às pedras
À espera da guerra
Ela prende-me às pedras
À espera da guerra
Nós vamo-nos matar
Por não saber discordar
Nós vamo-nos matar
Por não querer acordar
Nós vamo-nos matar
Naquele azul lugar
Nós vamo-nos matar
Co’ aquele raivoso olhar
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4. |
Fuckuldade
04:35
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Quem quer perder
Volta cedo
Quem quer perder
Anda à chuva com medo
Há escadas que não são para subir
Posições que não devem acontecer
Eu vou ter que desistir
Apesar de nem sequer te conhecer
Quem quer perder
Murmura barulhos random
Quem quer perder
Olha pra ti de forma estranha
Há escadas que não são para subir
Posições que não devem acontecer
Eu vou ter que desistir
Apesar de nem sequer te conhecer
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5. |
Falamos Do Escuro
06:45
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Falamos do escuro
E das luzes ao fundo
Do monte onde estamos
A olhar o fumo
Quando voam em cima
Estrelas e som
Estradas que são só
Na nossa cabeça
E os pássaros que vemos
Cada vez mais escuros
Passos que damos
Cada vez mais profundos
Levantando voo
É o vento que me leva
Levantando voo
É o vento que me leva
A montanha onde estamos
Manda-me que corra
E que salte, que jura
Não vou cair nunca
Vou voar entre as folhas
Como num sonho
Contra o horizonte
Que se curva risonho
E os pássaros que vemos
Cada vez mais claros
Léguas que voamos
Cada vez mais lilases
E o sol que se levanta
Pelas nossas costas
Projecta na terra
O nosso recorte
Levantando voo
É o vento que me leva
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6. |
Já Não Tenho Tempo
02:24
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Eu já não tenho tempo
Tenho uma corda partida
Já nem consigo atá-la
A uma corda mais comprida
E como manda a correria
A esta hora
Não cumpres o teu dia
Agora chora
Na cabeça trago a nota
E no bolso trago o vento
Trago veneno coa malta
A ver se o peito solta a mente
Tu pões a mão nas minhas costas
E eu nas tuas ponho a minha
Mas eu seguro uma granada
E tu seguras uma mina
Agora vês janelas
Em cada uma vês pedaços dessa corda
Olha pr’aquela e vais ver que já estás morta
No fim da corda que começa à tua porta
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7. |
Pedra Solta
03:21
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Dá fruto o meu quintal
Colher esquecendo
Volta o outono
Lá longe o vendaval
Tu pedra solta
Eu barco no mar
Que vai e vem
E vem e vai
E vai e vem
E vem e vai
Correr, correr
Sonhado o sono
Torna o outono
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8. |
Não Esperes Por Mim
05:01
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Não não não esperes por mim
Só vais ficar mal
Deixei-me dormir outra vez
Não volta a acontecer
Sei que disto sou eu quem sai pior
E era isso que me querias dizer
Sei que ando no meio da estrada, querida
Mas tenho medo, tenho medo
E de manhã não me consigo controlar
E de manhã não me consigo controlar
Eu não tenho nada a dizer
Por isso às vezes gaguejo
Não te vou conseguir responder
Se me perguntas ao espelho quem vejo
É um vulto com um ar estranho e triste
Encapuzado e de olhos vermelhos
Por isso abre os teus braços e segura-me, querida
Que eu tenho medo, tenho medo
E de manhã não me consigo controlar
E de manhã não me consigo controlar
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